Quando dei meus primeiros passos em 2018 no universo das criptomoedas e blockchain, a visão predominante no Brasil era cercada por uma atmosfera conturbada. Mencionar a palavra “Bitcoin” muitas vezes evocava associações a golpes frequentes no país. Contudo, ao longo do tempo, pude testemunhar as diferentes fases desse mercado em escala global.
Inicialmente, o cenário era marcado por negação e descrença, muitas vezes rotulando o fenômeno como uma bolha passageira. Porém, a partir de maio daquele ano, o surgimento de ICOs (Ofertas Iniciais de Moedas) tomou impulso, semelhante aos IPOs (Ofertas Públicas Iniciais) tradicionais, gerando um significativo movimento macroeconômico.
Isso levantou questionamentos fundamentais sobre o futuro das criptomoedas, especialmente em relação à sua legalização e ao posicionamento dos governos. O debate girava em torno da possibilidade de uma completa liberação do mercado de criptomoedas e derivados. No entanto, paralelamente a essa ascensão, o número de golpes aplicados aumentava vertiginosamente.
Na minha perspectiva, a impunidade diante de certas aplicações errôneas da tecnologia afastava o avanço desse ecossistema. Essa lacuna na regulação e na utilização indevida dos recursos tecnológicos constituía um obstáculo significativo para o avanço consistente no setor.
Foi então, em 2019, que decidi aprofundar-me ainda mais nessa temática. Naquela época, eu estava imerso no desenvolvimento da Fitcash-Fth, juntamente com outros colaboradores. As discussões e debates sobre o futuro das criptomoedas e a segurança do mercado estavam no centro das atenções.
O foco estava em encontrar maneiras de tornar o mercado mais seguro para investidores que não possuíam um conhecimento aprofundado sobre criptomoedas. Afinal, muitas pessoas acabavam investindo suas economias ou até mesmo recorrendo a financiamentos para se aventurar nesse universo, sem a devida proteção.
A inovação da Web3 no Brasil, com sua promessa de descentralização, transparência e segurança, representa um passo significativo na resolução dessas questões. A visão agora é de um futuro mais inclusivo, onde a tecnologia blockchain não apenas oferece oportunidades de investimento, mas também estabelece um terreno mais seguro e confiável para todos.
Contudo, apesar dos desafios enfrentados, esses episódios dolorosos foram valiosos para o nosso crescimento. Aprendemos na prática a importância da diligência, da pesquisa minuciosa e da cautela ao entrar em parcerias e acordos comerciais no universo cripto. A maturidade adquirida por meio dessas adversidades tornou-se alicerçada para nossos passos subsequentes.
Em suma, minha jornada desde a emergência do cenário cripto no Brasil até a criação e o eventual contratempo com a Fitcash foi repleta de desafios e aprendizados significativos. Essas experiências não apenas solidificaram minha compreensão do ecossistema cripto, mas também me capacitaram e ao time para abordagens mais assertivas e responsáveis. As lições extraídas desses contratempos foram a base para nossa evolução, preparando-nos melhor para os desafios futuros. Ainda mais importante, reforçaram a nossa convicção de que a resiliência e o aprendizado contínuo são essenciais para prosperar neste universo em constante evolução.
Oldest comments (0)