O mundo da web3 tem evoluído rapidamente nos últimos anos — mas mesmo com mais empresas buscando construir algo na blockchain, um dos aspectos mais essenciais de aplicativos descentralizados (ou dApps), que geralmente é esquecido é o armazenamento de mídia para NFTs (tokens não fungíveis - non-fungible tokens, no original).
Se você estiver construindo na web3, provavelmente usará NFTs de uma maneira ou de outra, pois suas aplicações terão um crescimento contínuo. Usado para tudo, desde arte digital e colecionáveis, até associações de acesso exclusivo, para credenciais verificáveis — ficou claro que a maneira como armazenamos e gerenciamos os metadados associados a esses tokens é crucial.
Nesta postagem do blog, vamos mergulhar em tudo o que você precisa saber sobre armazenamento na web3. Abordaremos as diferentes opções disponíveis para armazenamento de metadados do NFT, examinaremos os prós e os contras de cada um e desmascararemos os equívocos comuns sobre armazenamento descentralizado. Também examinaremos brevemente como começar com a opção que melhor se adequa às suas necessidades de armazenamento.
O que é um metadado de NFT e como isso é diferente do próprio token?
Um dos equívocos mais comuns sobre o armazenamento na web3 é que a imagem de um NFT, ou os metadados subjacentes que o compreendem, são armazenados na blockchain.
Na maioria dos projetos NFT, os metadados do token — incluindo informações sobre a aparência da imagem, e quando ela foi criada ou modificada — geralmente não são armazenados na blockchain. O que é armazenado verdadeiramente na cadeia (on-chain, no original) é o identificador exclusivo do token (ou ID), que não contém metadados. Em vez disso, o ID é vinculado ao local onde os metadados são armazenados fora da cadeia, na nuvem ou em uma solução de armazenamento descentralizada como o IPFS.
Isso significa, no entanto, que um token existe sem nenhum metadado associado — que pode causar problemas. Abaixo, vamos nos aprofundar ao explorar as diferentes opções para os metadados do NFT.
Os NFTs são armazenados na cadeia ou fora da cadeia?
Embora seja possível armazenar os metadados da imagem de um NFT diretamente na blockchain (com muitas vantagens), o armazenamento na cadeia é limitado em outros aspectos — e, portanto, a maioria dos projetos armazena seus metadados NFT fora da cadeia.
Por exemplo, os NFTs com imagens de alta resolução ou em diferentes formatos de mídia, como vídeo ou áudio, geralmente armazenam seus dados fora da cadeia. Expandiremos os prós e contras do armazenamento na cadeia abaixo.
Como o armazenamento de metadados NFT funciona?
Existem três opções principais a serem consideradas ao decidir como armazenar seus metadados NFT:
Soluções de armazenamento em nuvem, como Amazon Web Services (AWS) ou Google Cloud
Soluções de armazenamento descentralizado como IPFS
Armazenamento totalmente na cadeia
Dividiremos as diferentes opções de armazenamento na web3 e quais são os prós e os contras para cada um.
Opção 1: armazenamento em nuvem para metadados NFT
A blockchain é um sistema descentralizado. Por que você precisaria de uma solução de armazenamento centralizado para metadados NFT? A resposta está no fato de que o armazenamento de dados na cadeia tem suas limitações (nas quais mergulharemos mais abaixo ).
Ao criar um NFT, o ID do token do ativo é armazenado na blockchain. Mas, ao contrário da crença popular, os metadados da imagem geralmente são armazenados “fora da cadeia”, em um servidor centralizado mantido por um provedor de hospedagem na nuvem, como AWS ou Google Cloud —, o que significa que os metadados dependem desse provedor de hospedagem para ser renderizado.
Armazenamento em nuvem para metadados NFT: prós e contras
Prós
Armazenamento em nuvem é fácil de usar
Armazenamento em nuvem é muito seguro, com todos os dados criptografados no nível físico
Armazenamento em nuvem é bastante confiável, com pouco tempo de inatividade
Contras
Se seus metadados NFT residem em um servidor "centralizado", ele corre o risco de ser excluído, perdido ou corrompido; o que pode causar a perda do ativo do NFT.
Se você parar de pagar pelo armazenamento, perderá o acesso aos seus metadados NFT
Há duas opções para escolher quando pensamos no armazenamento descentralizado web3: em uma solução de armazenamento descentralizado como IPFS ou diretamente em uma blockchain como Ethereum.
Cobriremos primeiro o armazenamento descentralizado fora da cadeia:
Opção 2: Armazenamento descentralizado (IPFS) para metadados NFT
A solução de armazenamento descentralizado mais popular é o IPFS e, portanto, abrangerá a maior parte dessa postagem de blog.
O que é o IPFS?
IPFS, que significa InterPlanetary File System, é um “protocolo, hipermídia e rede ponto a ponto de compartilhamento de arquivos para armazenar e compartilhar dados em um sistema de arquivos distribuído”, construída pela Protocol Labs.
Em termos mais simples, o IPFS usa uma rede distribuída de computadores para hospedar conteúdo, o que significa que ele não depende de um servidor central para facilitar a distribuição de dados de forma contínua, segura e com baixa latência.
O IPFS combina conceitos comuns de armazenamento de dados com um sistema de versão e assinaturas digitais, permitindo alta disponibilidade, permanência das informações e replicação entre nós.
O IPFS é descentralizado? Armazenamento descentralizado na cadeia vs. fora da cadeia
Existe um equívoco comum de que armazenar metadados NFT em uma solução descentralizada como o IPFS (assunto que expandiremos abaixo) significa que o NFT está totalmente armazenado na blockchain.
Mas nem toda rede descentralizada é construída sobre uma blockchain. E, portanto, embora o IPFS seja usado como uma rede descentralizada, os dados não são armazenados na blockchain — mas estão vinculados a ela.
Você pode pensar mais no IPFS como um sistema descentralizado de descoberta de arquivos — informando onde os arquivos vivem — em vez de armazenamento descentralizado de arquivos (para o qual a web3 preenche essa lacuna, mas mais sobre isso mais tarde).
Armazenamento IPFS para metadados NFT: prós e contras
Prós
Descentralização: Como seus dados não são armazenados em um servidor centralizado, controlado por uma única organização ou entidade, eles não podem ser excluídos, corrompidos ou perdidos.
Resistência à censura: Os mesmos prós que a descentralização permite. Seus dados são imutáveis e não podem ser adulterados.
Redundância
Contras
Privacidade: O IPFS é ótimo para armazenar metadados NFT na maioria dos casos —, mas não para dados confidenciais, pois o armazenamento do IPFS é público e todos podem vê-lo
Tempos de upload lentos
Modelos de preços pouco claros
Despesas gerais de gerenciamento
Como o IPFS é usado para armazenar metadados NFT?
O IPFS usa a descoberta de arquivos endereçados por conteúdo em vez dos endereços de origem ou destino em seus links ( como / home / juan / Pictures ), o que significa que é semelhante ao Dropbox na maneira como os arquivos são armazenados e recuperados. No entanto, diferentemente do Dropbox, o IPFS não possui um servidor central que hospeda todos os arquivos; em vez disso, cada nó armazena apenas as partes dos arquivos necessários de outros nós em sua rede.
Desta forma, qualquer usuário pode acessar qualquer arquivo no IPFS porque cada nó contém algumas partes de todas as informações disponíveis nesta rede. Você pode até obter acesso aos seus próprios dados se não houver nós próximos a você!
“O armazenamento" dos metadados de um NFT no IPFS exige que a imagem seja "fixada", você pode aprender mais sobre isso aqui:
https://blog.thirdweb.com/guides/securing-pinning-your-nft-with-ipfs/
O que é um gateway IPFS ( como NFT.Storage, Pinata, Filebase )?
Armazenar e gerenciar dados no IPFS pode ser difícil, e é por isso que existem serviços que lidam com a complexidade do armazenamento descentralizado para você —, também conhecido como gateways IPFS. Os usuários podem fazer upload de seus dados para essas plataformas, que armazenam os dados na rede IPFS de maneira descentralizada.
Algumas soluções populares de IPFS incluem:
O que é filecoin e como ele se concentra no armazenamento IPFS?
Filecoin é uma rede de armazenamento descentralizada que visa facilitar o armazenamento e o acesso de arquivos on-line pelas pessoas. Em vez de confiar em uma única empresa ou organização para armazenar seus arquivos, o Filecoin permite que qualquer pessoa participe da rede e receba recompensas por fornecer espaço de armazenamento.
O Filecoin se baseia em algo chamado IPFS, que significa InterPlanetary File System. O IPFS é uma maneira de endereçar e acessar arquivos on-line usando um identificador exclusivo chamado hash, em vez de um URL tradicional. Ao usar o IPFS, o Filecoin garante que os arquivos possam ser armazenados e acessados de maneira descentralizada, sem nenhum ponto de falha.
Além disso, o Filecoin usa um token de criptomoeda chamado FIL para incentivar os usuários a fornecer espaço de armazenamento e manter os arquivos disponíveis pelo maior tempo possível. Portanto, o Filecoin utiliza a tecnologia IPFS e também fornece um mecanismo de incentivo para garantir que os arquivos sejam armazenados persistentemente na rede.
Como armazenar metadados NFT no IPFS
Você pode aprender mais sobre como armazenar metadados NFT ou quaisquer outros dados ao criar um aplicativo web3, neste guia:
https://blog.thirdweb.com/guides/how-to-upload-and-pin-files-to-ipfs-using-storage/
Nota: Quando você usa o thirdweb para armazenamento IPFS, não precisa se preocupar com a fixação —, fazemos isso por você! Não usamos armazenamento local ou de APIs. Você possui o contrato inteligente, possui os NFTs e salvamos a imagem da melhor maneira possível.
Opção 3: Armazenamento na cadeia (IPFS) para metadados NFT
Os metadados na cadeia não dependem de um servidor centralizado ou mesmo do IPFS. Em vez disso, são carregados diretamente na blockchain — o que significa que a imagem do NFT é renderizada em tempo real pelo contrato inteligente ao qual está anexada, fornecendo instruções ao solicitante para criar a imagem diretamente no seu navegador ou telefone celular.
Embora a renderização na cadeia seja mais limitada, isso também significa que os NFTs são armazenados inteiramente “na cadeia” sem nenhuma dependência de partes externas — o que significa que a imagem do seu NFT existirá enquanto a blockchain Ethereum existir. Não há servidores centralizados aos quais você deve pagar pelo acesso e eles não podem ser desativados.
Como o armazenamento de dados na cadeia funciona?
A blockchain é um banco de dados descentralizado por natureza — o que significa que os dados na cadeia são visíveis publicamente e podem ser vistos (mas não editados) por ninguém. Como os metadados na cadeia são distribuídos por muitos computadores (ou nós), não há um único ponto de falha — o que significa que é quase impossível que seus dados sejam corrompidos ou perdidos. Os dados na cadeia também são permanentes e imutáveis, o que significa que não podem ser adulterados ou alterados por atores mal-intencionados.
Os dados armazenados na blockchain têm várias inovações que os dados fora da cadeia não destacam, abaixo:
Armazenamento na cadeia para metadados NFT: prós e contras
Prós
Descentralizado e seguro: Como seus dados não são armazenados em um servidor centralizado, controlado por uma única organização ou entidade, eles não podem ser excluídos, corrompidos ou perdidos. Isso também significa que seus dados são mais seguros do que em outras soluções.
Resistente à censura: Os mesmos prós que a descentralização permite. Seus dados são imutáveis e não podem ser adulterados.
Componível e não permissionado: Os dados na blockchain podem ser usados de maneira não permissionada por outros contratos ou software fora da cadeia. Por exemplo, um aplicativo habilitado para Web3 pode fornecer acesso exclusivo aos recursos para detentores de determinados NFTs.
Eterno: Os dados na cadeia sobreviverão enquanto a blockchain subjacente sobreviver. Isso não é garantido pelo armazenamento em nuvem ou mesmo pelo armazenamento descentralizado por meio do IPFS. Como nenhum terceiro está envolvido no armazenamento de seus dados, os usuários não precisam pagar taxas ou incorrer em custos de manutenção para hospedar seus dados na cadeia. Esse também é um benefício que o armazenamento em nuvem e o armazenamento IPFS não têm (pois, para o IPFS, sua imagem precisa ser "fixada" ).
Transparência: Isso pode ser um pró ou um contra, dependendo do tipo de dados. Para dados que devem ser acessíveis ao público — como metadados NFT — o armazenamento na cadeia é ótimo porque aumenta a transparência para usuários e detentores dos NFTs.
Redundante
Contras
Privacidade / Transparência: Transparência: Isso pode ser um pró ou um contra, dependendo do tipo de dados. Para dados que devem ser acessíveis ao público, como metadados NFT, o armazenamento na cadeia é ótimo porque aumenta a transparência para usuários e detentores dos NFTs. No entanto, como a blockchain é descentralizada e acessível ao público por qualquer pessoa, não é uma ótima solução armazenar dados confidenciais, como documentos da empresa ou informações pessoais.
Tempos de upload lentos
Modelos de preços pouco claros
Despesas gerais de gerenciamento e complexidade
Felizmente, a thirdweb cuidará de todos os itens acima para você!
Como armazenar metadados NFT na cadeia
Você pode aprender mais sobre como armazenar metadados NFT ou quaisquer outros dados ao criar um aplicativo web3, neste guia:
https://blog.thirdweb.com/guides/how-to-create-on-chain-nfts-with-thirdweb/
Conclusão: Qual é o melhor para o armazenamento na Web3?
Por fim, existem várias opções para armazenar metadados NFT e a melhor varia de acordo com suas necessidades! Não existe uma solução única para o armazenamento da web3 e existem prós e contras em cada método de armazenamento da web3.
Esperamos que esta postagem do blog tenha ajudado você a entender por que essas alternativas principais existem para armazenamento na web3 e como elas podem se aplicar ao seu caso de uso.
Se você tiver alguma dúvida, junte-se aos mais de 30.000 outros construtores em nossa comunidade no Discord— ou se você quiser obter mais informações sobre como podemos ajudar seus negócios com a web3, nos contacte diretamente!
Este artigo foi escrito por Juan Leal e traduzido por Adriano P. de Araujo. O original em inglês pode ser encontrado aqui.
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