Bem-vindo 👋 a outra série de artigos sobre o domínio dos endereços Ethereum. Neste artigo, exploraremos os aspectos fundamentais dos endereços Ethereum e sua função crucial no ecossistema da Ethereum. Simplificaremos conceitos complexos, forneceremos exemplos práticos e compartilharemos práticas recomendadas para ajudá-lo a entender e utilizar os endereços Ethereum de forma eficaz.
Ao final deste artigo, você terá uma compreensão abrangente dos endereços Ethereum, o que lhe permitirá lidar com confiança com transações, interagir com contratos inteligentes e proteger seus ativos no ecossistema da Ethereum. Vamos nos aprofundar e dominar os endereços na Ethereum!
O que é um endereço Ethereum?
É como nossa conta bancária tradicional usada para fazer transações. Um endereço Ethereum é um número hexadecimal de 20 bytes usado para identificar uma conta na blockchain Ethereum. Eles são identificadores exclusivos usados para enviar, receber e armazenar Ether (ETH), tokens e acessar aplicativos descentralizados na blockchain Ethereum. Eles servem como uma representação digital de um participante ou entidade dentro do ecossistema Ethereum. Cada endereço Ethereum é composto por uma sequência de caracteres alfanuméricos e geralmente começa com "0x" para indicar seu formato hexadecimal.
Tipos de contas Ethereum
Há dois tipos de contas Ethereum, cada uma com seu endereço:
- Contas de propriedade externa (EOAs) são contas controladas pelos usuários. As EOAs podem manter e gerenciar Ether (ETH) e outros tokens na blockchain Ethereum. Elas são usadas principalmente para iniciar transações, como o envio de Ether ou tokens para outros endereços. As EOAs podem ser criadas com a geração de uma nova conta Ethereum usando um software de carteira como a MetaMask.
- Contas de contratos são de propriedade de contratos inteligentes e podem ser usados para interagir com a blockchain Ethereum. Os endereços de contrato são endereços exclusivos associados a contratos inteligentes implantados na blockchain Ethereum.
Um contrato inteligente é um programa autoexecutável que é executado na Máquina Virtual Ethereum (EVM) e realiza funções predefinidas quando acionado por determinadas condições.
Quando um contrato inteligente é implantado, é atribuído a ele um endereço de contrato, que serve como seu identificador na rede Ethereum. Os endereços de contrato são usados para interagir com contratos inteligentes, enviando transações para invocar suas funções, acessar seus dados, modificar o estado do contrato ou produzir resultados específicos.
Portanto, basicamente temos endereços de propriedade externa e endereços de contrato.
Diferença entre as EOAs e a Conta de Contrato
- Criação: As EOAs são criadas pelos usuários. Por outro lado, as contas de contrato são criadas pela implantação de um contrato inteligente na blockchain Ethereum.
- Par de Chaves: As EOAs têm um par de chaves pública e privada. A chave privada é usada para assinar transações e fornecer prova de propriedade. Ao contrário das EOAs, não há chaves públicas ou privadas associadas a uma conta de contrato.
- Controle: As EOAs são controladas pelos usuários, o que significa que os usuários têm controle sobre as chaves privadas associadas às suas EOAs. Por outro lado, as contas de contrato são controladas pela lógica do código de contrato inteligente. O código define as regras e o comportamento da conta do contrato.
- Assinatura da Transação: Somente as EOAs podem assinar transações porque têm uma chave privada. A assinatura gerada usando a chave privada garante a autenticidade e a integridade da transação. As contas de contrato, no entanto, não podem assinar transações porque não têm uma chave privada.
- Interações: As EOAs podem interagir com a blockchain Ethereum por meio de transações. Elas podem enviar Ether (ETH) ou interagir com outros contratos inteligentes invocando suas funções, enquanto as contas de contrato podem interagir com a blockchain Ethereum por meio de transações e eventos, que são registrados na blockchain e podem ser observadas por partes externas.
- Ações: As EOAs podem executar ações explicitamente permitidas pelo usuário. Elas podem transferir fundos, interagir com contratos e iniciar várias transações com base nas intenções do usuário. Por outro lado, as contas de contrato podem executar ações explicitamente permitidas pelo código. O comportamento de uma conta de contrato é definido no código do contrato inteligente e ela só pode executar funções e ações que tenham sido programadas nela.
Semelhanças entre as EOAs e as Contas de Contrato
- Ambas possuem endereços. As EOAs e os endereços de contrato são cadeias hexadecimais de 20 bytes que identificam a conta na blockchain Ethereum.
- Ambas podem conter Ether e tokens ERC-20. As EOAs e as contas de contrato podem conter Ether e tokens.
- Ambas podem interagir com a blockchain Ethereum. As EOAs e as contas de contrato podem enviar e receber Ether e ambas podem interagir com aplicativos descentralizados (DApps).
Como Endereços são gerados
Os endereços Ethereum são gerados usando um processo chamado ECDSA (Elliptic Curve Digital Signature Algorithm ou algoritmo de assinatura digital de curva elíptica). O ECDSA é um algoritmo criptográfico que usa um par de chaves, uma chave pública e uma chave privada, para assinar e verificar assinaturas digitais.
As assinaturas digitais usam algoritmos criptográficos para gerar uma impressão digital exclusiva, ou hash, de um documento ou mensagem. O hash é então criptografado usando a chave privada do signatário para criar uma assinatura. O destinatário pode verificar a autenticidade da assinatura usando a chave pública do signatário para descriptografar o hash e compará-lo com o hash do documento ou mensagem original. Se os hashes forem iguais, a assinatura é válida.
Uma assinatura digital pode ser criada para assinar qualquer mensagem. Para as transações da Ethereum, os detalhes da própria transação são usados como mensagem. A matemática da criptografia, nesse caso, a criptografia de curva elíptica, fornece uma maneira de a mensagem (ou seja, os detalhes da transação) ser combinada com a chave privada para criar um código que só pode ser produzido com o conhecimento da chave privada. Esse código é chamado de assinatura digital.
Geração de endereços de propriedade externa
A chave pública é calculada a partir da chave privada usando a multiplicação da curva elíptica, que é praticamente irreversível: K = k * G, onde k é a chave privada, G é um ponto constante chamado de ponto gerador, K é a chave pública resultante e * é o operador especial de "multiplicação" da curva elíptica.
Observe que a multiplicação da curva elíptica não é como a multiplicação normal.
A aritmética na curva elíptica é diferente da aritmética de números inteiros "regulares". Um ponto (G) pode ser multiplicado por um número inteiro (k) para produzir outro ponto (K). Mas não existe divisão, portanto, não é possível simplesmente "dividir" a chave pública K pelo ponto G para calcular a chave privada k. Essa é uma função matemática unidirecional.
Uma chave privada pode ser convertida em uma chave pública, mas uma chave pública não pode ser convertida novamente em uma chave privada, porque a matemática só funciona em um sentido. A chave privada é usada para assinar transações e comprovar a propriedade de um endereço.
🚨Nunca compartilhe sua chave privada com ninguém!!! Compartilhar sua chave privada pode levar a acesso não autorizado e controle sobre sua conta Ethereum, incluindo a capacidade de transferir ou manipular fundos.
Aqui estão algumas outras dicas para manter seu endereço Ethereum e sua chave privada seguros:
- Armazene sua chave privada em um local off-line seguro.
- Use uma senha forte para proteger sua carteira.
- Mantenha seu software atualizado.
- Tenha cuidado com ataques de phishing.
As chaves privadas nunca devem ser compartilhadas ou reveladas a ninguém, pois são o principal meio de comprovar a propriedade e o controle sobre os endereços Ethereum e os ativos associados.
Os endereços de propriedade externa são gerados usando as seguintes etapas:
- Chave privada aleatória: Vamos supor que geramos uma chave privada aleatória: 0x0123456789abcdef0123456789abcdef0123456789abcdef0123456789abcdef.
- Geração de chave pública: Usando a chave privada, geramos uma chave pública correspondente usando criptografia de curva elíptica (especificamente, a curva secp256k1).
- Geração de hash: Geramos um hash da chave pública usando o algoritmo de hash Keccak-256. Hash da chave pública: 0x4b6f5a3dfc911e992c3d8f38c6bb9d1563b5e9a526260ee1a83693a8e56f4f48.
- Derivação do endereço: Do hash Keccak-256 da chave pública, pegamos os últimos 20 bytes (160 bits) para obter o endereço EOA. Endereço EOA: 0x4b6f5a3dfc911e992c3d8f38c6bb9d1563b5e9a5.
- Prefixação: Por fim, prefixamos o endereço EOA de 20 bytes com "0x" para indicar seu formato hexadecimal. Endereço EOA prefixado: 0x4b6f5a3dfc911e992c3d8f38c6bb9d1563b5e9a5.
Este é um exemplo simplificado para demonstrar o processo de geração de um endereço EOA. Na realidade, há considerações adicionais, como algoritmos de geração de pares de chaves e formatos de codificação, mas o conceito básico permanece o mesmo.
Geração de Endereço de Contrato
Os endereços de contrato são gerados usando uma combinação do endereço da conta de implantação e um valor nonce, que representa o número de transações enviadas dessa conta.
O endereço do contrato é derivado pela codificação RLP do endereço da conta de implantação e do nonce usando o algoritmo de hash Keccak-256.
Os endereços de contrato são determinísticos, o que significa que o mesmo contrato implantado a partir da mesma conta com o mesmo nonce sempre resultará no mesmo endereço.
Aqui está uma explicação mais detalhada do processo:
- O endereço da conta de implantação é obtido. Vamos supor que o endereço da conta do implantador seja: 0x0123456789abcdef0123456789abcdef0123456.
- O valor nonce é obtido. Vamos supor que o valor nonce seja 5.
- O endereço da conta de implantação e o valor nonce são concatenados. Concatenamos o endereço da conta de implantação e o valor nonce: 0x0123456789abcdef0123456789abcdef01234565.
- A concatenação é então codificada em RLP.
- Hash Keccak-256: 0x4b6f5a3dfc911e992c3d8f38c6bb9d1563b5e9a526260ee1a83693a8e56f4f48
- Os primeiros 20 bytes do hash são usados como o endereço do contrato. De acordo com nosso exemplo, o endereço do contrato é prefixado com o caractere "0x": 0x4b6f5A3dFc911E992c3D8F38C6bb9D1563B5e9A5.
Observe que este é um exemplo simplificado para fins ilustrativos e que, na prática, outras etapas e considerações podem estar envolvidas no processo de implantação.
Características dos Endereços Ethereum
- Os endereços Ethereum têm 20 bytes de comprimento ou 160 bits.
- Os endereços Ethereum são representados em formato hexadecimal, usando notação de base 16. Cada caractere no endereço corresponde a 4 bits. Um endereço Ethereum consiste em exatamente 40 caracteres, escolhidos no intervalo de 0-9 e a-f (um total de 16 valores possíveis por caractere).
- Os endereços Ethereum são sempre prefixados com "0x" para indicar o formato hexadecimal. Esse prefixo é necessário para distinguir os endereços Ethereum de outros tipos de dados. Portanto, o comprimento total de um endereço Ethereum, incluindo o prefixo, é de 42 caracteres.
Ao compreender o comprimento, o formato e o prefixo dos endereços Ethereum, você poderá identificá-los com precisão e trabalhar com eles no Solidity e em outros aplicativos relacionados à Ethereum.
Solidity é a linguagem de programação usada para escrever contratos inteligentes em cadeias compatíveis com EVM.
É importante observar que os endereços Ethereum não diferenciam maiúsculas de minúsculas, o que significa que a capitalização não afeta sua interpretação. Todas as carteiras e sistemas do ecossistema Ethereum são projetados para aceitar endereços Ethereum expressos em caracteres maiúsculos ou minúsculos, sem qualquer distinção.
Por exemplo, os endereços
"0x4b6f5a3dfc911e992c3d8f38c6bb9d1563b5e9a5" e
"0x4B6F5A3DFC911E992C3D8F38C6BB9D1563B5E9A5"
seriam considerados o mesmo endereço e se refeririam à mesma conta Ethereum.
Importância da representação hexadecimal nos endereços Ethereum
- Compacidade: O hexadecimal é um sistema numérico de base 16, o que significa que cada dígito pode representar um dos 16 valores (0-9 e A-F). Isso torna os endereços hexadecimais muito mais compactos do que os endereços decimais, que exigiriam 32 dígitos para representar as mesmas informações.
- Exclusividade: Os endereços hexadecimais são exclusivos, o que é importante para evitar fraudes e erros. Por exemplo, se um endereço decimal for inserido incorretamente, ele poderá ser facilmente confundido com outro endereço.
- Compatibilidade: Os endereços hexadecimais são compatíveis com outras blockchains que usam endereços hexadecimais, como o Bitcoin e outros. Isso facilita a transferência de fundos entre diferentes blockchains.
Importância do recurso checksum nos endereços Ethereum
- Prevenção de erros: O recurso checksum (é um pequeno código de informações computadas que trata da integridade e segurança dos dados) ajuda a evitar erros ao inserir endereços Ethereum. Se um erro for cometido, o checksum não corresponderá e a transação falhará. Isso ajuda a proteger os usuários contra a perda de fundos devido a erros de digitação ou outros erros.
- Segurança: O recurso checksum também acrescenta uma camada extra de segurança aos endereços Ethereum. Se um invasor tentasse criar um endereço falso, a soma de verificação não corresponderia e a transação fracassaria. Isso ajuda a proteger os usuários contra fraudes e roubos.
A representação hexadecimal e o recurso checksum são recursos importantes dos endereços Ethereum. Eles ajudam a garantir que os endereços sejam compactos, exclusivos, compatíveis, à prova de erros e seguros. Consulte a EIP55 para mais detalhes sobre o checksums.
Endereços no Contrato Inteligente Solidity
No Solidity, os endereços são um tipo primitivo. Isso significa que eles podem ser usados em expressões e declarações da mesma forma que outros tipos primitivos, como inteiros e strings.
Aqui estão algumas das coisas que você pode fazer com endereços no Solidity:
Declarar uma variável de endereço no Solidity
Você pode declarar uma variável de endereço usando a palavra-chave address
. Por exemplo:
address myAddress;
Atribuir um endereço a uma variável
Você pode atribuir um endereço a uma variável usando o operador =
. Por exemplo:
myAddress = 0x2e504C9c22089cE75a600fF113e891d2c2D53d57;
Comparar endereços no Solidity
Você pode comparar endereços usando os operadores ==
e !=
. Por exemplo:
if (myAddress == 0x2e504C9c22089cE75a600fF113e891d2c2D53d57) {
// Fazer alguma coisa
}
Acessar um endereço de contrato inteligente
Você pode acessar o endereço de um contrato inteligente usando o método address(this)
. Por exemplo:
address contractAddr = address(this);
Obter o saldo de um endereço de contrato inteligente
Você pode obter o saldo de Ether de um contrato inteligente usando o método address(this).balance
. Por exemplo:
uint256 balance = address(this).balance;
Conversão explícita de endereço no Solidity
É importante observar que nem todos os endereços são pagáveis, e se você tentar enviar Ethers para um endereço não pagável, a transação falhará. A conversão para "endereço pagável" pode ser feita usando payable(address(x)). A conversão de endereço para "endereço pagável" é feita para permitir o envio de Ethers para o endereço.
Essa conversão é usada ao chamar uma função de contrato que tenha o modificador "payable", que permite receber Ether. A palavra-chave "payable" faz com que a função aceite Ether e aumenta o saldo do contrato pela quantidade de ether recebida. \
Consulte meu artigo sobre a função pagável e não pagável para saber mais.
// address payable fornece a função de transferência
address payable payableAddress;
Enviar Ether de um contrato inteligente
Você pode enviar Ether de um contrato inteligente usando o método send
, transfer
ou call
. Por exemplo:
contract SendEther {
function sendViaTransfer(address payable _to) public payable {
// Esta função não é mais recomendada para enviar Ether.
_to.transfer(msg.value);
}
function sendViaSend(address payable _to) public payable {
// Send retorna um valor booleano que indica sucesso ou falha.
// Essa função não é recomendada para o envio de Ether.
bool sent = _to.send(msg.value);
require(sent, "Failed to send Ether");
}
function sendViaCall(address payable _to) public payable {
// Call retorna um valor booleano que indica sucesso ou falha.
// Este é o método recomendado atualmente para uso.
(bool sent, bytes memory data) = _to.call{value: msg.value}("");
require(sent, "Failed to send Ether");
}
}
Interagir com um contrato inteligente
Quando se trata de interagir com um contrato inteligente na blockchain Ethereum, há vários métodos disponíveis. Uma maneira comum é usar a função call, a delegatecall ou funções semelhantes. Por exemplo:
// SPDX-License-Identifier: MIT
pragma solidity ^0.8.17;
// NOTA: Implantar o contrato primeiro
contract B {
// NOTA: o layout do armazenamento deve ser o mesmo do contrato A
uint public num;
address public sender;
uint public value;
function setVars(uint _num) public payable {
num = _num;
sender = msg.sender;
value = msg.value;
}
}
contract A {
uint public num;
address public sender;
uint public value;
function setVars(address _contract, uint _num) public payable {
// O armazenamento de A é definido, B não é modificado.
(bool success, bytes memory data) = _contract.delegatecall(
abi.encodeWithSignature("setVars(uint256)", _num)
);
}
}
O contrato acima consiste em dois contratos: contrato A e contrato B.
O contrato B foi projetado para armazenar três variáveis: num
(um número inteiro sem sinal), sender
(um endereço) e value
(um número inteiro sem sinal). A função setVars
no contrato B permite que essas variáveis sejam definidas com os valores fornecidos.
O contrato A também tem as mesmas três variáveis: num
, sender
, e value
. A função setVars
no contrato A é usada para interagir com o contrato B. Ela leva um parâmetro de endereço _contract
que representa o endereço do contrato B e um parâmetro uint _num
. Dentro da função setVars
no contrato A, uma delegatecall
é criada para o contrato B, passando o valor _num
para sua função setVars
.
O objetivo desse contrato é demonstrar como uma delegatecall pode ser usada para interagir com outro contrato e modificar seu armazenamento. Ao fazer uma delegatecall para o contrato B, o contrato A pode modificar suas próprias variáveis de armazenamento usando a função setVars do contrato B. Isso pode ser útil em determinados cenários em que você deseja reutilizar ou estender a funcionalidade de outro contrato, mantendo o layout de armazenamento.
Consulte meu artigo sobre Delegatecall para saber mais.
Retornar um tipo de endereço
Ao trabalhar com contratos inteligentes na Ethereum, é comum ter métodos que retornam valores para o tipo de endereço. Aqui estão alguns exemplos de como você pode lidar com métodos que retornam um endereço:
- Acesso ao Mapeamento: se o método retornar um endereço em um mapeamento, você poderá acessá-lo usando a chave correspondente. Por exemplo:
mapping(uint256 => address) addressesMapping;
address myAddress = addressesMapping[key];
- Função Call: Você pode chamar diretamente o método e usar o valor do endereço retornado em operações subsequentes. Por exemplo:
mapping(uint256 => address) addressesMapping;
function returnAddress(uint256 _key) external view returns(address){
return addressesMapping[_key]
}
- Acesso ao Array: Se o método retornar um endereço dentro de um array, você poderá acessá-lo usando o índice. Por exemplo:
address myAddress = myArray[index];
Endereço Zero
O endereço zero, também conhecido como endereço nulo ou conta zero, refere-se ao endereço Ethereum:
0x0000000000000000000000000000000000000000
É um endereço especial no ecossistema Ethereum que é codificado para ter o valor de todos os zeros. É um endereço especial que não tem saldo e não pode ser usado para enviar ou receber transações.
O endereço zero é usado de algumas maneiras diferentes na Ethereum:
- Para criar novos contratos: Quando um novo contrato é criado, é atribuído a ele o endereço zero. O endereço do contrato é então atualizado quando a transação é minerada.
- Para queimar tokens: Quando os tokens são queimados, eles são enviados para o endereço zero. Isso os torna permanentemente indisponíveis.
Aqui estão algumas das coisas que você não pode fazer com o endereço zero:
- Enviar Ether para o endereço zero: Qualquer Ether enviado para o endereço zero é perdido permanentemente.
- Criar um contrato no endereço zero: Qualquer transação que tentar criar um contrato no endereço zero falhará.
- Interagir com um contrato no endereço zero: Qualquer transação que tentar interagir com um contrato no endereço zero falhará.
O endereço zero é um endereço especial que não deve ser usado para nenhuma outra finalidade que não as listadas acima. Se você enviar Ether para o endereço zero ou tentar criar um contrato ou interagir com um contrato no endereço zero, você perderá seus fundos ou sua transação falhará.
Como os endereços são armazenados na EVM
Os endereços são armazenados na trie (árvore de prefixos) de estado da EVM. A trie de estado é uma estrutura de dados que armazena todas as informações de estado na blockchain Ethereum. Isso inclui os saldos de todas as contas, o código de todos os contratos e os dados de todas as variáveis de armazenamento.
A trie de estado é uma árvore Merkle, que é um tipo de estrutura de dados muito eficiente para armazenar e recuperar dados. A árvore de estado é organizada por endereço, sendo que cada endereço tem seu próprio ramo na árvore.
Árvore Merkle Patricia
Quando um endereço é armazenado na EVM, ele é primeiro submetido a um hash usando o algoritmo de hash Keccak-256. Em seguida, o hash é usado para localizar a ramificação correspondente na árvore de estado. O saldo do endereço, o código de qualquer contrato no endereço e os dados de qualquer variável de armazenamento são todos armazenados nesse ramo.
Os endereços são armazenados na EVM de forma descentralizada. Isso significa que nenhuma entidade individual tem controle sobre o armazenamento de endereços. Isso ajuda a garantir a segurança e a confiabilidade da rede Ethereum.
Ofuscação de endereço
A ofuscação de endereço é uma técnica que visa ocultar ou ofuscar a verdadeira propriedade ou identidade associada a um endereço Ethereum. Essas técnicas podem ser usadas para aumentar a privacidade e impedir o rastreamento ou a análise com base no endereço. Isso pode ser feito usando uma variedade de técnicas, como:
- Hashing: Um endereço Ethereum pode ser transformado em hash para criar um identificador mais curto e mais anônimo.
- Nonce: Um nonce é um número aleatório que pode ser usado para ofuscar um endereço Ethereum.
- Mistura: Vários endereços Ethereum podem ser misturados para criar um único endereço anônimo.
Aqui estão algumas técnicas de ofuscação de endereços comumente empregadas:
- Evitar a reutilização de endereços: Para evitar o rastreamento baseado em endereço, os usuários podem gerar um novo endereço para cada transação ou interação, garantindo que não haja duas transações associadas ao mesmo endereço.
- Mistura de moedas: Os serviços de mistura de moedas (também conhecidos como coin tumblers ou mixers) permitem que os usuários juntem seus fundos com outros usuários e depois os redistribuam para endereços diferentes, dificultando o rastreamento do fluxo de fundos.
- Carteiras Determinísticas Hierárquicas (HD): As carteiras HD geram uma árvore hierárquica de endereços a partir de uma única semente principal. Ao usar endereços filho diferentes para cada transação, os usuários podem ofuscar seu histórico de transações e sua propriedade.
- Endereços Secretos: Os endereços secretos permitem que o destinatário gere um endereço único e exclusivo para cada transação. O remetente criptografa o pagamento com o endereço secreto do destinatário, garantindo que somente o destinatário pretendido possa decifrá-lo.
Zero-knowledge proofs (ZKPs)
As Zero-knowledge proofs ou provas de conhecimento zero, são uma técnica criptográfica que permite que duas partes verifiquem informações uma sobre a outra, sem revelar nenhuma informação confidencial. Isso pode ser usado para proteger a privacidade do usuário na blockchain Ethereum, permitindo que os usuários provem que possuem determinados ativos sem revelar os valores ou endereços específicos.
Benefícios do uso de ofuscação de endereços e provas de conhecimento zero
- Privacidade Aumentada: A ofuscação de endereços e as ZKPs podem ajudar a proteger a privacidade do usuário, dificultando a associação de um endereço Ethereum a uma identidade do mundo real.
- Risco de fraude reduzido: A ofuscação de endereços e as ZKPs podem ajudar a reduzir o risco de fraude, tornando mais difícil para os invasores rastrearem a atividade do usuário e roubarem fundos.
- Experiência do usuário aprimorada: A ofuscação de endereços e as ZKPs podem ajudar a melhorar a experiência do usuário, facilitando a participação dos usuários em aplicativos descentralizados sem medo de que sua privacidade seja comprometida.
Algumas das desvantagens do uso de ofuscação de endereços e ZKPs
- Transparência reduzida: A ofuscação de endereços e as ZKPs podem reduzir a transparência, dificultando o rastreamento do fluxo de fundos na blockchain Ethereum.
- Possibilidade de abuso: A ofuscação de endereços e as ZKPs podem ser usadas para facilitar atividades ilegais.
Essas soluções focadas na privacidade aproveitam técnicas criptográficas avançadas para proteger a privacidade do usuário, aprimorar o anonimato transacional e fornecer garantias de privacidade mais fortes no ecossistema Ethereum. Elas oferecem aos usuários mais controle sobre suas informações pessoais e reduzem os riscos associados ao rastreamento e à análise baseados em endereços.
Conclusão
Dominar os endereços Ethereum é fundamental para navegar com eficiência no ecossistema da Ethereum. Ao dominar os endereços Ethereum, você ganha confiança nas transações, nas interações de contratos inteligentes e na segurança dos ativos. A compreensão das melhores práticas fortalece a participação na revolução descentralizada. Obrigado por dedicar seu tempo para ler este artigo. Espero que tenha sido informativo e útil para entender os endereços Ethereum. Fique atento ao meu próximo artigo!
Referências e Ferramentas
Esse artigo foi escrito por Oluwatosin Serah e traduzido por Fátima Lima. O original pode ser lido aqui.
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